sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Feliz Natal
Famílias em festa
O Espírito vaga pelas ruas
Distribuindo sorrisos e abraços

Caridade, compaixão
Compreensão, doação, desligamento
Só felicidade
Compartilhamento

E os porcos andam pelas ruas
E a comida já feita, se come crua
Barro nas casas, casas no barro
Árvores uniformizadas e brilhantes

Ditadura!
Alienação, hipocrisia, corrupção
E vem as canções, os gritos, os coros
Feliz Natal

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ampulheta

E de grão em grão
Vai descendo a areia
Areia do tempo

O tempo passa
E passa, passando no tempo
Volta, voltando no tempo

Tempo que muda o mundo
Mundo que muda e fica mais sórdido
Paradigma sem volta

O tempo vai se polindo
E a terra vai se engolindo
E as pessoas mais lânguidas

sábado, 10 de dezembro de 2011

Sem pé e cabeça

Mais um dia se passa
Sorrio olhando pra vida
Dançando
Dando piruetas, cantando
Achando graça

Uma vez me falaram pra ir com fé
Sem medo, sem temor
Pé no chão, mala na mão
Destino escolhido
Viajando numa canção

Canto esses versos que não são tristes
Tristeza é não ter o que comer
Invento um discurso, mil palavras, que eu nem sei com dizer
E se pela manhã olho pra cima não vejo nuvens
Só vejo o mar

Vejo o mar, amar
Vejo amar o mar
Vejo o mar, amar, o mar
E vejo amar, amar, amar
E vejo amar
E vejo o mar, o mar, o mar
E vejo o mar

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Fome de tudo

Selva de Pedra
Cidade de Barro
Mar de Areia
Areia no ar

Sonho acordado
Corro sentando
Sento deitado
Olhos fechados

Tristeza feliz
Pé aberto
Mãos no chão
Escrevo na mente

Mente que mente
Voando no piso
Ar líquido
Fome

Quente frio
Alto Baixo
Gordo Magro
Fome

sábado, 3 de dezembro de 2011

Eu não escrevo pelo simples fato de jogar as palavras e brincar com as mesmas. Eu escrevo porque tenho necessidade, as minhas letras, minhas palavras, minhas escritas são o meu refúgio, o meu grito de guerra. É quando eu encho o peito e enfrento o mundo sem nenhum pudor. Nas minhas escritas estão minhas lágrimas, minhas alegrias, minhas euforias, minhas melancolias, minha malemolência, meu eu. É uma busca constante, uma monotonia vibrante, palavras que se repetem, poemas e textos com continuações... Esse sou eu e esse ''eu'' é meu.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sei

Eu sei daquela noite
Daquele dia
E do outro, eu sei, também
Mas o saber é meu
Nesse caso, nem eu sei, se sei de algo
As vezes só sei do que não quero
Só sei do que não gosto
Só sei do que eu não deveria pensar em saber
Mas sei que o que eu sei é meu
E isso se repete
Sou o que sou porque sei do que sou
E esse saber, mais uma vez, se repete

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ô mar batuta

O mar
Me acalma com sua brisa
me encanta com a sua beleza
Me embebada com seu cheiro salgado

Me olha
Me engole
Quase que por um Segundo
E me cospe

É um contador de histórias
Histórias do mundo inteiro
Acontecem de janeiro-a-janeiro
Ô mar batuta

domingo, 20 de novembro de 2011

Dois pássaros

Voam mas não no céu
Voam na lama, na terra, no papel
Voam no meu coração

Inocentes, alegres, felizes
Crianças
De sorriso incompleto e sincero

Manha, choro, birra
Pula, gritam e se sacodem
Calmantes para a alma

O que seria de mim sem vocês?
O que seria de mim?
Sem as implicâncias, os abusos, os aperreios

Lágrimas caem
Ao pensar
Que um dia vocês irão voar sem mim

Irão voar com suas próprias pernas
Não mais dependentes, não mais implicantes
Só dois pássaros contra o mundo

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

''Só esqueço rápido de coisas sem relevância
Por isso não esqueço de você''
Mesmo com essa discrepância
Vou lembrar do nosso amor tão doce

Daqui pra frente
É apenas o resto das nossas vidas
Destino não mais adjacente
O tempo não volta atrás

Retratos são pra sempre
Vidas não vão por um acaso qualquer
Vida sem apre
Bem-me-quer, mal-me-quer

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cadê você?
Tu que me enaltece?
Tu que me engradece?
Me amaste?

Teu colo
Teu carinho
Teu beijo
Amor não se rotula

Saudade vem
Vem
Para, pousa
E demora...

Não tem tempo
Nem previsão
É um relógio as vezes retrógrado
O tempo num vai e vem

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Gosto de ficar vendo o tempo passar. Me acalma, me deixa de bem com a vida. As pessoas as vezes me subestimam com esse meu jeito sereno, calmo, de quem não quer nada... O que elas não entendem é que eu não ligo, não me importo. Aquelas que hoje acham que eu vou ser um ninguém um dia irão quebrar a cara. Não preciso nem posar, nem mudar pra me encaixar nesse padrão de vida que as pessoas consideram certo. O que eu, de verdade, preciso é me aceitar mais, me deixar acreditar mais. Suas regras ditadas não me fazem ver um mundo de forma diferente.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mais um texto qualquer de um domingo

Uma vez escrevi sobre domingos e sobre suas túnicas infinitas. E agora me veio a cabeça um pensamento não corriqueiro. Por quê não escrever sobre as segundas? As terças, quartas, quintas, sextas e sábado? Por que só escrever sobre o domingo? Não existem respostas para essas perguntas ou perguntas para essas respostas... Os domingos me atraem de seus jeitos mórbidos, calados, quietos, frios. Os domingos são frios, sim, são frios. Os domingos parecem não ter sentimento, parecem que perderam o gosto por amor. Todos com suas famílias, amigos, amores e com o sabor amargo do que é viver nas curvas da estrada que, como diria o poeta, é bom... Sem solidão. Os domingos me atraem com suas cores vazias, suas canções para nunca mais, suas orações em apelo para que a semana seja boa. E, eu acho que o que mais me atraí nesse dia é ele ser tão parecido comigo, em tantos aspectos, tantas faces diferentes de um só.

Esse domingo que não é o melhor dia da semana e, sim, o que mais me conforta, confronta. O domingo sempre faz um paralelo na minha mente, sempre o faz com sangue quente. Com sede de lixo, de lama, de chuva, da poluição. Querendo consumir a corrupção, pega-la pelo pé e deixá-la amarrada de cabeça para baixo. E aqui, estou eu, pequena pessoa, pequeno domingo. Mais um em 100 pra cima.

domingo, 30 de outubro de 2011

Sem fim

Queria uma Máquina
Para no tempo viajar
E o mundo abocanhar
E no céu azul, pairar

O tempo não volta
A vida também não
E vou nessa mistura de conto, fábula, anedota
E no andar do mundo vou nessa oscilação

Sem equilíbrio
Nessa balança
Tentando vencer meu adversário
O tempo que vem com gosto de lembrança

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vai lá, corre atrás
O teu destino é tu que faz
Não está escrito com sangue
Nem com uma tinta qualquer

Tu que vai traçando
Com teus pés
Costurando a tua rede
Alinhando a tua linha

Vai pescando
Pega tua melhor vara
Pega tua rede de pesca do ano que nunca existiu
E pesca tua vida

É como já disseram
Num livro que eu li
Nessa vida sou só eu
Eu pescador que mim

domingo, 23 de outubro de 2011

Palavras doem
Atos doem
Tudo dói

Mas nenhuma dor
É dor maior
Que a dor

Dor de perder
Alguém
Que ainda não se perdeu

Olho pro céu
E rezo por aqueles
Que não estão mais aqui

Dona Adélia, ô dona Adélia
Obrigado por tudo
Obrigado por olhar por mim

Não sabes a falta que fazes
Ó, dona Adélia
Aquele teu beijo molhado, abraço caloroso

Espero um dia poder olhar pro céu
Ir pro céu e sentar ao teu lado
Ficar perto de você

O teu amado ainda te espera, dona Adélia
Sempre esperou
Ninguém nunca o amou como você

Você se foi mas continua aqui
Ele sabe, ele sabe
E eu também sei

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A ave a voar

Voa, voa
Paira sobre o ar
Dando piruetas, cambalhotas, fazendo zigue-zague

Dorme nas nuvens
Toca o céu
Admira o espaço

Está sempre perto de Deus
Que inveja tenho de ti
Ó ave

Tu que paira sobre o ar, dá piruetas, cambalhotas
Faz zigue-zague
Fica perto de Deus

Me ensina a voar, me faz tocar os céus
Me deixa perto de Deus
Me deixa ser você

Constâncias

O homem
Faz o que sabe e o faz porque quer
Sabe o que diz, o que foi e o que sempre será

O universo
Guarda seus segredos em sua longa capa infinita
E assim fará

A natureza
Age de acordo com a atitude do homem
Variando entre machucados e curativos

O planetas giram e sempre vão girar
Em torno do sol e de suas luas
E suas constelações

Os universos
Um dentro do outro
Nunca param de existir, não tem fim

E as coisas vão assim
Sendo o que sempre serão
Em constâncias ou não

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Foi-se, partiu sem chegada
Chegou sem saída
Não voltou

Enfim, eis-me aqui
Com as mãos cortadas
Das flores que colhi para ti

Só me olha
Por favor
Só me olha

Tenta vê o que você sempre viu
Em mim
Que sempre, de pé, te amou

Olha nos meus olhos e diz
Diz que nunca foi, diz que não é mais
Diz pra mim que acabou

Diz, também, pra você
Que acabou o que começamos a viver
Fala que me perdeu

As nossas músicas tão diferentes
Tocam iguais
Uma para cada um

E as nossas lembranças
Lembranças do nosso pequeno mundo
Me perseguem

Escuta o meu grito
Rasgado, cansado, de dor
Meu lamento mais sincero

Fala, bem baixinho
Pro vento ouvir
O que sentes

E o vento
Me trará tuas palavras
Me tratá você de volta

Nem que seja numa lembrança
Num devaneio
Num filme sem fim

terça-feira, 18 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Grito de guerra

Caído, cansado, calado
Sem ver o mundo aos meus pés
Esse sou eu, pobre bardo
"O sábio procura a ausência de dor e não o prazer" já dizia Aristóteles

Mas a busca pessoal
A paz que eu procuro
É um paralelo entre o bem e o mal
Uma paz sem agouro

Eu grito: Eu vou vencer, eu sou um vencedor
Podem me subestimar, até eu me subestimo
E no final vou ser só eu, um livro com autor
Um homem útil, préstimo

Gritarei pro mundo!
Gritarei pro mar!
Não me importo de ser o segundo
Só quero ser feliz e o mundo abrilhantar

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Y

E do meu alto vejo um som
Ondulado, meio gasto, sem cor
Migrando de tom em tom
Inquieto, ligado num compressor

E nesse mesmo alto, nessa mesma elevação
Recompondo-me de nada
Sorrio, mais uma vez, com afeição
Com um sorriso de início de jornada

E essas várias maneiras de me decifrar
Essas várias maneiras de me sentir satisfeito
Me fazem querer, o mundo, aclamar
Só com aprendizados, nenhum desproveito

E tentando expressar o meu eu
O expresso assim, como uma vida no fim
Tentando alcançar o meu apogeu
Como conversas de botequim

Mas o barato da vida é viver
E tentar se achar
Viver e entender o quão complexo é ser
Viver e tentar achar o mundo em uma bola de bilhar

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Retratos

Fragmentos de fotos voam ao meu redor
Lembranças aparecerem como um rascunho qualquer
Fotos sem autor
Memórias de um homem, duas crianças e uma mulher

Momentos que por aí já ecoaram
Pessoas em um retângulo
E isso eles olvidaram
Esqueceram em todo seu pensamento nulo

E a felicidade ainda grita
Pedindo para que a achem novamente
Tocando sua gaita
Esperando que o amor deles a alimente

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Amar não rima só com achar
Rima com ficar junto, com a gente
Não só com namorar, abraçar, agarrar
Rima com felicidade, com querer avidamente

Rima com tudo, rima com quero, querida, querer
Rima com o mundo, com o que eu fiz
Rima até com o que eu vou fazer, com o meu prazer
Rima com chafariz, com ser feliz, com um quadro de giz

Amar rima com a vida
Com o cotidiano
Vai rimando até com contrapartida
E com o plano Cartesiano



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vai passando

E na vida
Tudo passa
Passa tudo
Passa o mundo, o peixe, o pássaro, o avião
Passa o Sabiá, lá no meio do sertão
Passa até o pião, em dia de rodeio
Passa até a gente em dia de sorteio
Passa o trabalhador, no fim do mês
Com o coração na mão
Tendo que se virar
Mesmo sem ter um tustão
Se vira em um, em dois, em três
E tudo isso pra que?
Afinal, tudo passa
E passa

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Eterno amigo

Frio ou quente
Cansado ou doente
Sempre carrego comigo
O ombro do meu amigo

Nas horas boas ou ruins
Quando nem eu me apoio mais
Surge, mais uma vez, um amigo
Nem sempre por perto mas nunca distante

Meu amigo,
Nunca se passou de perfeito pra mim
Nunca tentou ser parecido comigo
Mas, nunca, deixou de ser meu amigo

Nunca evitou desavenças
Nunca se meteu na minha crença
Nunca foi maior ou menor do que eu
Só meu amigo que segue comigo rumo ao apogeu

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Observador

E quando eu olho pro mundo
Com meus olhos atentos
Tento vê-lo por um ângulo melhor

Quando eu olho pra vida
Com meus olhos amargos
Procuro vê-la feliz

Quando eu olho pras pessoas
Com meus olhos cansados
Tento enxergar o amor

Quando eu olho pra mim
Com meus olhos caídos
Vejo o mundo, a vida, as pessoas
Todos ao meu redor, num canto só

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tem coisas nessa vida
Que se você for prestar atenção
Não tem saída
Não dá para agradar, não dá

Por mais que você tente
Tente se controlar
Não se consegue o total do esperado
O que acontece é que você não tenta se mudar

E reclama, e reclama
E no final não aceita
Não se policia para uma melhora
Nem se muda, só continua

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O pescador(homem do mar)

Homem do mar
Pescador
Vive de pescar
Vive por amor

Morando na praia
Pescando de tudo
Pesca até arraia
Ou qualquer peixe que tenha conteúdo

Não pesca peixe qualquer
Só pesca peixe experto
Quem os trata é a sua mulher
Que cozinha pra deixar qualquer um boquiaberto

E assim lá vai o pescador
Vai pescando humildemente
Sem vergonha, sem pudor
Pescando algo que o alimente





segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Caminhando rumo ao infinito

Dias de luta
Dias de sangue
Dias de homens
Dias de Deus

A vida continua
A nossa vida continua
Vai passando ao longo dos dias
Vai passando ao longo da gente

Pés no chão
Pés descalços
Pés de quem já andou demais
E nunca voltou atrás

Andei, ando, andarei
Por aí
Mais uma vez, mais umas vezes
O que eu faço é me procurar, me achar

Até que me perco as vezes
Na minha mente
Na profundidade da gente
Minha vida é estrada, minha vida é andar

Os meus versos são repetidos
E se repetirão
Até eu encontrar um lugar, um caminho
Pra poder descansar, me encontrar e assim seguir até a eternidade

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Viajante do tempo

Eu sou um viajante
Um nômade
Viajo de uma ponta à outra
Viajo no meu tempo

Vou viajando, indo na minha velocidade
Sem rumo, sem parar
Nem pra ir, nem pra voltar
Vou viajando

A minha viagem são os anos
Minha estrada são os dias
Meu paradeiro são as datas
Só viajo, sem hora pra chegar

Vou viajando, viajando pela minha mente
E viajando pelo mundo
Indo e voltando
No mesmo lugar, mesmo mundo, mesma galáxia

Só viajo
Sozinho
Não digo à ninguém
Viajo só, quieto

Vou em frente
Sem coragem, sem medo
Viajando no tempo
No meu tempo!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Talvez eu devesse reclamar menos, talvez mais. Talvez eu devesse olhar o mundo ao meu redor e ver o quanto eu tenho motivos pra ser feliz. Talvez eu devesse agradecer todos os dias a vida que eu tenho, minha saúde, minha família, meus amigos, meu amor. Talvez eu devesse olhar pra mim e ver uma pessoa bonita, uma pessoa boa, uma pessoa. Talvez eu devesse deixar de ser tão melancólico e tentar ser feliz. Talvez devesse ser mais confiante. Talvez eu devesse me menosprezar menos. Talvez eu devesse deixar de falar tanta besteira. Talvez eu devesse deixar o amor entrar em mim por completo e ser mais feliz. Só talvez, só talvez. Mas de que adianta escrever tantos ''talvez'' seguidos de ''devesses'' se eu não me permito nada! No fim, talvez eu só me deixasse permitir pra aí, sim, ser feliz.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Um menino
Apenas mais um
Nem mais, nem menos
Apenas mais um

A procura da tão cobiçada felicidade
Apenas mais um menino
Traçando uma reta até o infinito para achar o seu lugar
Procurando um ninho, um lugar para ficar

Sem alma, sem coração
Apenas com um violão e uma canção
Apenas mais um
Correndo contra o mundo tão atroz

Um sonhador
Um pensador
Procurando o seu lugar
Um mundo onde não se pode chegar

Mas, que lugar é esse?
Até onde se precisa ir para achar?
Que lugar, que lugar?
Onde vou chegar?

Até lá, a felicidade
Todos temos a capacidade
De um dia chegar
Só basta tentar

terça-feira, 5 de julho de 2011

Meus olhos
Nunca viram
Ninguém ser tão feliz
Levando a mesma vida
De sempre
Na monotonia
Consumindo o meu dia
Mas o engraçado é que
Se você olhar bem(já olhando)
Você consegue enxergar
As coisas mais simples e mais bonitas
Da vida
Ao seu redor, perto de você

sábado, 4 de junho de 2011

Transtorno de personalidade

Você não me conhece
Ninguém me conhece
Hoje eu sou eu, amanhã eu sou você
E depois sou quem eu quiser
Sou todo mundo, todo mundo me é
Não tenho identidade certa
Moro em tudo quanto é canto
Vivo mudando
Vivo morrendo
Você não pode me acompanhar
Ninguém pode me acompanhar
Eu vago pelas ruas
Eu ando dentro de mim
Dentro das minhas faces
Vivo de arte
Vivo de ser os outros
Eu sou um impostor

domingo, 29 de maio de 2011

A tua conciência é o teu guia
Viva em harmonia
Se ame mais
O bom da vida é você que faz
Não fique pra baixo, nunca mais
Você é capaz!

Crença

Não sou crente
Nem descrente
Sou só uma pessoa
Que tem fé
E segue seu caminho
Remando pelo céu, verde
Voando pelo mar
Acreditando no que acho certo
Vendo o mundo passar bem perto
Dentro de um copo de café
Por isso que eu fico de pé
E Deus vai me guiar
Um dia eu chego lá
No meu destino
No meu lugar

domingo, 22 de maio de 2011

Flor e amor

Te comprei um buquê
De flores comuns, flores clichê
Mas o buquê, aquele era especial
Não era um buquê que seria abalado por um vendaval
Naquele buquê, cheio de flores
Depositei todos os meus amores
Que no fim, eram um amor só
O teu amor, o meu amor
E, aquelas flores simples
Morreram, murcharam
Mas o meu amor por você não
Porque as flores não simplesmente secam e caem ao chão
As flores fazem nascer outros botões
De rosas, orquídeas, margaridas, girrasóis
Todas com seus saltitantes corações
Porque uma flor não é apenas algo que murcha
Uma flor é um amor
Minha flor é um amor
O teu amor que é meu
O meu amor que é seu

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Pra que mentir?

E não adianta
Querer não falar de amor
Penso em você até na janta
Querendo teu abraço apertado, cheio de calor

Não adianta, não
Nem penso em não pensar
Em você
Não adianta, não

Não adianta querer brincar de não te amar
Nem fingir não te querer
Porque eu sei que você é pra casar
Porque sem você não consigo mais viver

Não adianta tentar não ser romântico
Meu sentimento por você não é corriqueiro
Seria até antipoético
Pois o meu amor por você é algo verdadeiro

E eu grito pra mim
Grito pra ti, também
Não quero que essa história tenha um fim
Quero te ter e mais ninguém

terça-feira, 3 de maio de 2011

A felicidade
É uma ciência
Que vai se aprimorando
Tentando diminuir a discrepância
Procurando um fio reto
Para seguir
Infinitamente
Porque quem é feliz
Não perde a felicidade na mente
É pra sempre
O infinito

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Amor, amor

O amor
É um candeeiro
Que precisa ser aceso, precisa do calor
Para iluminar um ser inteiro

Um ser que agora não é só mais um
São dois
Unidos sem interesse algum
Sem pensar no depois

E muda
A vida
De qualquer pessoas, até as surdas
Que nunca quiseram escutar, sempre ficavam na dúvida

O amor vem, garanto
E quando vem, vem pra ficar
Não precisa de espanto
O bom da vida é amar

Coisas impossíveis acontecem?

O impossivel acontece? Não sei, ninguém nunca sabe. Até porquê o impossível acontecer é algo meio difícil, se não a definição à palavra seria ''possível''. O impressionante é ver que, de verdade, coisas impossíveis acontecem e o que mais me impressiona é que aconteceu comigo! A melhor coisa ''impossível-possível'' que pode se acontecer com alguém.
Me vejo com um sorriso bobo olhando para o relento vendo se um punhado de vento com o teu cheiro chega até mim. Me deparo, também, pensando em você mais do que eu deveria ou até mais do que o suportável. Fico bobo, com olhos cheios de carinho, amor, felicidade, paixão. Coração. Antigamente me falavam que o coração bate mais forte quando se está com quem ama, e ,eu, em toda minha ignorância mortal duvidava disso.
Hoje vejo que as pessoas estavam certas, hoje vejo, também, que o meu conceito de impossível estava completamente errado. Coisas impossíveis acontece, sim. Ainda bem que acontecem. Ainda bem que aconteceu comigo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Liberdade(Libertinagem)

Estou exausto
Cansando
Do mundo
Estou no fundo e não consigo te achar

Não tenho nome
Não tenho identidade, cpf, certidão de nascimento
Só tenho fome
Não tenho idade, nem sentimento

Minhas armas já descarregaram
O meu carro não anda mais
E as pessoas que me libertaram
Nunca mais, nunca mais

Tento te achar
Tento(me) achar
Tento
Achar

O meu trem já partiu
Pego minha carruagem
O mundo me abriu
Pro mundo, esse mundo selvagem

segunda-feira, 21 de março de 2011

O mundo muda
O mundo gira
Com a calma de um Buda
As pessoas? Ficam na sua mira

Eu mudo
Como o mundo
Observo tudo
Até o buraco mais fundo

E essa calma
Tão serena
Aquece minh'alma
Leve como uma pena

Tudo quieto
Tudo vermelho
O mundo passa bem perto
Rápido como um coelho

O que será?
Não sei, ainda não veio
A vida que virá
E eu estou aqui, nesse meio

quinta-feira, 10 de março de 2011

Não esperam nada de mim
Nem eu espero algo de mim
Criticas já se tornaram elogios
De tanto que criticam
De tantos assobios
Coisa de adolescente
Coisa de criança
Coisa de adulto
Coisa sua
Em tempos que o melhor para mim seria ir para rua
Não para morar, moro em qualquer lugar
Ter a minha liberdade
Ser feliz
Que felicidade mais corriqueira é essa?
O mundo passa
As pessoas mudam
E eu, continuo assim
Continuo sendo a mesma pessoa de sempre
Mudar não é meu forte, eu não sou forte
Todo esse menosprezo, parece até um desprezo
Mas a vida é assim
Não para você, não para ninguém
Para mim
Eu que nunca mudei
Eu que nunca vou mudar
E no fim, não sou eu que ri do mundo
É o mundo que ri de mim

terça-feira, 8 de março de 2011

Vibrações

O mar com suas ondulações
Vibra, alternando
As suas ondas

O vento com toda sua força
Tem horas que é calmo como o andar de uma moça
Mas tem horas que é forte, como um índio

A chuva
Caindo, vibrando
Molhando o meu amor

O som, passando pelos nossos ouvidos
Entrando pela nossa alma
Aumentando nossa vibração e o coração sorri

A vida, com suas positividades ou não
Suas alternações, discrepâncias, arrogâncias
Tudo vibra, vibrando, vibrações

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Vida Seca

A água não mata minha cede
O banho não limpa meu ser
A chuva não me molha
O mar não me olha

As lágrimas não caem
As gotas de suor não saem
O chão molhado não me faz derrapar
Na piscina não consigo me afogar

Tudo é assim
Sem humidade
Seco
Uma representação de mim
Luta constante
Luto constante
Esse mundo cheio de obstáculos
Que a cada dia só fazem aumentar
A vida é uma luta
Luta pra nascer, luta pra crescer
Tem até luta pra morrer
Aí sim, é difícil
É a luta final
Uns lutam para adiar, outros para antecipar
Mas no fim, estamos todos ansiosos
Com medo ou corajosos
Felizes ou receosos
Esperando esse dia chegar

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ausência

Não me importo com as pessoas
Nem mesmo gosto das pessoas
A única que eu gosto e você
E você nem aqui está

O que eu vou fazer?
Como vou me segurar?
Sem você aqui por perto
Sem você pra me amar

Não me importo com os outros
Não me importo comigo
Me importo com você
A única que me fazia feliz apenas com um olhar

O tempo vai passar
E por mais que seja difícil esperar
Eu vou conseguir
Pra te ver mais uma vez, sorrir

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Quero te amar

A flor mais bonita que eu já vi
Foi você naquele dia em que te conheci
Te olhando de lado sem saber o que dizer
Esperando ficar contigo até o dia amanhecer

Menina, vem ser minha mulher
Vamos construir uma casinha a beira mar
Uma casa que dê pra gente se amar
Vamos ter dois filhos azuis
Prometo te fazer feliz, prometo te fazer feliz

Mulher, vem ser minha menina
Vamos sair e olhar o mundo
Com olhos apaixonados
Com você ao meu lado eu sou mais feliz
Prometo te fazer feliz, prometo te fazer feliz

Te admiro de longe mas te admiro apaixonado
Espero um dia estar aí, ao teu lado
Te fazendo sorrir
Te fazendo carinho menina, mulher
Menina, eu te amo

sábado, 29 de janeiro de 2011

Eu nunca me imaginei imaginando esse tipo de coisa, mas que pensamento negativo. A negatividade me acompanha quando eu menos quero companhia. São as portas, que eu deixo abertas, cor de pele. Minha cor. Não é ela que te persegue, é você que está sempre num paralelo entre o que é e o que não é. Seja certo, errado, azul, inconsciente, indecente... Tudo depende de você e do que você pensa pra si. Essa é a vida, minha vida.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quem morre, vive. Pura ironia.

Estranha solidão

Vivo
Num mar
Sou uma caravela

Sinto o sol
Me aquecendo
No frio

Ando nas nuvens
Olho pro chão
Voando, gavião

Corro pro leste
Corro rápido
Doce hábito

Olho pro teto
Imagino o céu
Azul-escuro

Bebo algo
De um lugar qualquer
Penso em você, mulher

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Sertão

O sertão tem o poder
De parar o tempo
De brincar com o vento

Tem o céu tão estrelado
Que mais parece um filme
Mas nem em filme é tão bonito

A chuva quando bate
Molha suas rachaduras
Enferruja as ferraduras

O sol escaldante
O calor incomparável
E as pessoas em suas cadeiras de balanço

Quando chove o Sabiá canta
Canta bonito
Canta pra sua terra

Sertão de gente que sabe viver
Sertão de mil contos
Mil faces

E no fim da tarde
Senta-se em sua cadeira, de balanço, o sertanejo
E olha a vida passar

Sertão de fé
De gente esperançosa
Sertão da vida

domingo, 16 de janeiro de 2011

Peço pra que você saia sem olhar
Quem faz algo tem que ter consciência do que faz
Não precisa se Justificar
Ninguém vai acreditar
Porque você não acredita
Você só fica se julgando
O tempo passando
E você se julgando
Saia dessa
Todos nós somos iguais
Vamos todos levantar a bandeira
A bandeira branca da paz

Dança de fumaça

O ar é o palco
Dança, dançando fumaça
Dança fazendo graça
Os olhos espectadores
Apreciam feito motores
Esse espetáculo cheio de curvas
Essa dança de ondulações
Variando de posição
Não variando nada
No mesmo sentido
As mesmas curvas
Vão se contornando
Se abraçando
Formando essa dança
Dança de fumaça

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Me beija
Mata minha cede do seu ser
De estar contigo
Tudo é perfeito ao te ver
Mata minha saudade dos teus olhos
Das tuas mãos
E de todos os teus contos sobre os boatos
Sobre o mundão
Botas de agora fazendo referência a garoa
Tão serena quando a broa quentinha
Vem ser minha

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Subi no muro
Dei um pulo
Pulei pra o outro lado da rua
Minha pele já estava nua
Chovia, chovia
Era água em tudo quanto é bueiro
Dei outro pulo
Esse foi meu derradeiro
Pulei pro fundo
Pulei pra nunca mais voltar
E desse pulo
Nunca me curei
Nunca mais voltei
A chuva me levou

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Preciso de paz

Nada mais faz sentido
Nem o próprio sentido
O mundo fica contra mim
Eu fico contra tudo
Começo a esquecer de onde vim
Desço até o lugar mais fundo
Mas não consigo chegar
Fico parado
Espancado pelos meus pensamentos
Sem ir pra frente nem para trás
Por mais que isso passe não vai adiantar
Eu preciso é de paz