segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mais um texto qualquer de um domingo

Uma vez escrevi sobre domingos e sobre suas túnicas infinitas. E agora me veio a cabeça um pensamento não corriqueiro. Por quê não escrever sobre as segundas? As terças, quartas, quintas, sextas e sábado? Por que só escrever sobre o domingo? Não existem respostas para essas perguntas ou perguntas para essas respostas... Os domingos me atraem de seus jeitos mórbidos, calados, quietos, frios. Os domingos são frios, sim, são frios. Os domingos parecem não ter sentimento, parecem que perderam o gosto por amor. Todos com suas famílias, amigos, amores e com o sabor amargo do que é viver nas curvas da estrada que, como diria o poeta, é bom... Sem solidão. Os domingos me atraem com suas cores vazias, suas canções para nunca mais, suas orações em apelo para que a semana seja boa. E, eu acho que o que mais me atraí nesse dia é ele ser tão parecido comigo, em tantos aspectos, tantas faces diferentes de um só.

Esse domingo que não é o melhor dia da semana e, sim, o que mais me conforta, confronta. O domingo sempre faz um paralelo na minha mente, sempre o faz com sangue quente. Com sede de lixo, de lama, de chuva, da poluição. Querendo consumir a corrupção, pega-la pelo pé e deixá-la amarrada de cabeça para baixo. E aqui, estou eu, pequena pessoa, pequeno domingo. Mais um em 100 pra cima.

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