quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

E no fim da tarde
Vem aquele frio
Seguido por um calor
Não um calor qualquer
Um calor teu
Abraçadinho, agarradinho
Eu e você
Eu dizendo que te amo
E você nem percebendo
Eu querendo te beijar
E você olhando pro mar
Adoro essas tardezinhas contigo
Isso tudo é consequência
Desse amor
Que eu não escolhi mas que eu adoro amar

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal

Uma dia tão normal
Uma sexta feira
Vira um caos
Um tumulto total
É gente comprando, se esbaldando
É gente bebendo, se enchendo
E o motivo de toda essa euforia?
É o natal
Um dia tão pequeno, tão comum pra uns
Magnífico pra outros
Mas no fim, o que importa
São as reuniões
Reuniões de amigos, familiares
Confraternizar
Ajudar ao próximo ou pelo menos rezar pelo mesmo
E assim passam os Natais
Todos os anos
A mesma coisa
As vezes tão previsível
Horas tão impossível
Feliz Natal

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Multipliquei-me
Para te amar mais
Nasci de novo
Para ser perfeito pra ti
Roubei o sorriso mais bonito do mundo
Só pra sorrir pra ti
E mesmo assim
Você, meu bem
Não me notou
Não notou o meu eu teu
Mas eu não desisto
Vou mudando
Uma mutação sem fim
Mudando meu jeito de ser
Mudando o meu parecer
Só pra ficar perfeito
Pra você
Acordou
Olhou pela janela
Lá estava o amar
Azul
Sorriu
Partiu
Foi pro mar

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Nunca estive em cima
Sempre fiquei por baixo
Quem sabe o meu lugar não é aqui
Não perco a cabeça, aliás, faz um bom tempo que não a vejo
O meu quarto está frio
E o meu mundo, vazio
Minha melhor amiga é a dor
Que sempre me acompanha
Nunca me deixa
Já me acostumei
Não tem mais como voltar
Tudo é muito complexo
E eu sou apenas mais um sem nexo
Partindo mais uma vez
Sem rumo
Sem prumo

Onde foi parar o teu amor?

- Não faça, nem pense em fazer.
- Por quê?
- Eu acho que não é uma coisa que vai acrescentar algo em sua vida.
- O que você sabe sobre a minha vida? O que você sabe sobre mim?
- Eu sou seu pai!
- Pai? O moço da padaria é mais meu pai que você
- Não fale isso! Eu te criei.
- Nunca estava em casa e quando chegava só sabia me dar broncas e sermões.
- ô moleque, não fala assim comigo!
- Não vou falar mais. Eu vou é sair de casa.
- Você é louco?
- Como se você se importasse...
- Pra onde você vai?
- Qualquer lugar, lugar qualquer. Todos os lugares que ficarem longe de você.
- Desculpa meu filho.
- Não sou eu que tenho que te desculpar, é você que tem que fazer isso.
- Você não vai sair de casa!
- Já saí. Agora, finalmente, estou livre.
Ouve-se uma porta fechando brutalmente. Dias depois, acha-se um bilhete molhado com lágrimas e cheirando a liberdade.
No bilhete continha as seguintes palavras:
‘’ De que adianta se prender com medo do mundo lá fora? De que adiantou todos seus sermões? Onde estava o amor? O seu amor? Estou desgastando, enfadado. Quero sumir, quero ser eu. Eu vou ser eu. Quando lembrar de mim, lembre-se do vento que está em constante mudança, em constante caminhada. Caminha que você não me deixou seguir por tanto tempo. Agora eu caminho sem um amanhã, caminho com um hoje.
Até nunca mais.’’

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Pôr-do-sol

A luz apaga
Mas continua acesa
E o sol?
Vai descendo, agora meio vermelho

E no grande teatro infinito
Paira nossa musa
A lua
De tantas faces, tantas fases

E nós ficamos aqui
A espera de um amanhã
Que começa de manhã
E termina nesse fenômeno tão bonito
O pôr do sol

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Conto de amor nº 1

Ela inclina a cabeça e fala com uma voz meio ofegante: Você me ama?
Ele, sem saber o que falar, retruca: Eu amo o sol, eu amo o mar.
Ela insiste: Você me ama?
- O amor é algo tão banal. Responde ele um pouco alterado.
Ela, que já não sabe mais o que falar, desaba a chorar.
Ele, vendo aquele rosto triste, fala bem baixinho no ouvido dela: Eu te amo! Mesmo achando banal!
E se beijam.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Para lembrar

Eu sei que errei
O meu erro foi errar com você
Mas também sei
Que em cada gesto teu
Cada palavra sua
De mim você vai lembrar
Quando qualquer coisa fizer
Vai lembrar dos nossos momentos

Suas lembranças em mim ainda vivem
Teu cheiro ainda caminha pelos meus pulmões
Sei, também, que qualquer ato meu vai me levar a ti
Não posso concertar o que fiz
Por isso escrevo
Não pra mim
Mas para o mundo ver
O quanto de você ainda há em mim

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

E então
O que foi?
Estou sozinho
Onde estou?
Nem sei
Olá, como vai você?
Cheguei aqui e já vou sair
Vou viajar
Vou me mudar
Até o horizonte
Um tchau?
Não, acho banal
Então já estou ali
Cá estou aqui
E ai?
Ainda me lembro do seu sorriso
Mas que beleza
O mar está tão bonito
Um dia eu chego lá
Vou a pé
Vou de ré
Daqui até lá o infinito

domingo, 5 de dezembro de 2010

Um texto

Geralmente eu vivo com sono, gosto de ir à praia e não gosto de estudar. Só que o mais contraditório é que eu gosto de ler mesmo não gostando de estudar, os livros(sem ser didáticos) me levam para outro mundo, um mundo só meu. Eu não vivo nesse mundo de todos, eu vivo no meu, meu mundo. As vezes isso me atrapalha bastante, mas o que eu posso fazer se eu sou assim? Mudar e fugir da minha realidade não seria a opção mais singela, então eu prefiro continuar no meu mundo.
Eu até que gosto de sair, sabe? Mas prefiro ficar em casa dormindo, é uma escolha que as vezes machuca as pessoas. Eu já tentei mudar várias vezes mas descobri que não preciso mudar, não preciso de nada. Eu sou desse jeito assim, eu sou um eu de mim.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Beija a flor
Meu beija-flor
Que o teu beijo exala amor
Para todos nós
Também nos ensina a amar
Ô beija-flor, te peço sem pudor
Me ensina o que é o amor
Me ensina o que é amar