Sou o que sou
Pelo que sou
Pelo que já falei do que era
Pelo que fui e ainda vou ser
Pelos meus versos repetidos
Escritos na calada do amanhecer
Pelos meus atos tão iguais
Pelas inseguranças, pelas discordâncias
Por ser aquilo que eu sou e não mudar
Ver as coisas indo em fluxos pares
E dizendo: pare!
Aquele que acha que o que sou
Não é o que eu digo ser
Nem o que mostro
Porque ninguém e mais ninguém
Tem que dizer o que eu mostro
Se é mentira ou verdade
Já é de lei
Eu que sei
sexta-feira, 27 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
Como uma tarde de domingo
Aquele clarão fora embora
Para voltar outrora
Claro clarão
Soprando o chão
Sujo das pétalas das almas sem amor
Lá onde há
Regas teu palmar e tuas acácias
Gosto de flor
Nos meus olhos
Que assim veem
O verde saindo desse marrom
Se sou não há vestígios
Do que os ventos trouxeram-me
Se a mesma letra me vem as mãos
Escrevo-a então nos pensamentos de ante-ontem
Molhados pelas gotas no orvalho
Caídas em beira o assoalho
Reflito-me
Feito de um reflexo na parede
Das minhas sombras
Iluminadas pelo acaso
Para voltar outrora
Claro clarão
Soprando o chão
Sujo das pétalas das almas sem amor
Lá onde há
Regas teu palmar e tuas acácias
Gosto de flor
Nos meus olhos
Que assim veem
O verde saindo desse marrom
Se sou não há vestígios
Do que os ventos trouxeram-me
Se a mesma letra me vem as mãos
Escrevo-a então nos pensamentos de ante-ontem
Molhados pelas gotas no orvalho
Caídas em beira o assoalho
Reflito-me
Feito de um reflexo na parede
Das minhas sombras
Iluminadas pelo acaso
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Já dizia...
Moça linda
Do cheiro de fulô
Chega mais pra cá
Me dá um gole do teu amor
E lá na beira do riacho
Canto pra você um ''lauê, lauê''
Choro, suplico
Tropeço nos teus cabelos
E minha tristeza
Da triste partida ou não
É não viver andando
É não voltar pro meu Sertão
Do cheiro de fulô
Chega mais pra cá
Me dá um gole do teu amor
E lá na beira do riacho
Canto pra você um ''lauê, lauê''
Choro, suplico
Tropeço nos teus cabelos
E minha tristeza
Da triste partida ou não
É não viver andando
É não voltar pro meu Sertão
Passa
No chão, as pétalas
Derramas pela casa
Já não se ouvia outro barulho além do das lágrimas
Escorrendo nos olhos daqueles que sentem dor
Já não se vê mais
Nem se pega, nem se olha
A ponte pro adeus foi construída
E, depois do surto, sumiu
Então, eis que chega
Um farol no escuro
Um calor, um aconchego, um conforto
Um abraço apertado
É tristeza no tal lugar
E alegria sabe-se lá onde
Sobe, passa, passa
Perda não, passagem
Derramas pela casa
Já não se ouvia outro barulho além do das lágrimas
Escorrendo nos olhos daqueles que sentem dor
Já não se vê mais
Nem se pega, nem se olha
A ponte pro adeus foi construída
E, depois do surto, sumiu
Então, eis que chega
Um farol no escuro
Um calor, um aconchego, um conforto
Um abraço apertado
É tristeza no tal lugar
E alegria sabe-se lá onde
Sobe, passa, passa
Perda não, passagem
terça-feira, 3 de abril de 2012
Maquinados
Máquinas de gente
Maquinada
Pessoas industrializadas
Nada manual
Sem manufaturas
Globalização
As de hoje
Serão as de ontem, amanhã
Sem se reciclarem
Coração a pilha
Cérebro a vapor
Descarrega, recarrega, baterias
Coloco-te numa tomada
Ex pulsante, ex vibrante
Agora cheio de engrenagens enferrujadas
Aperto pra seguir em frente
Aperto para parar
Botões, engrenagens, máquinas, enfim
Maquinada
Pessoas industrializadas
Nada manual
Sem manufaturas
Globalização
As de hoje
Serão as de ontem, amanhã
Sem se reciclarem
Coração a pilha
Cérebro a vapor
Descarrega, recarrega, baterias
Coloco-te numa tomada
Ex pulsante, ex vibrante
Agora cheio de engrenagens enferrujadas
Aperto pra seguir em frente
Aperto para parar
Botões, engrenagens, máquinas, enfim
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