sábado, 29 de janeiro de 2011

Eu nunca me imaginei imaginando esse tipo de coisa, mas que pensamento negativo. A negatividade me acompanha quando eu menos quero companhia. São as portas, que eu deixo abertas, cor de pele. Minha cor. Não é ela que te persegue, é você que está sempre num paralelo entre o que é e o que não é. Seja certo, errado, azul, inconsciente, indecente... Tudo depende de você e do que você pensa pra si. Essa é a vida, minha vida.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quem morre, vive. Pura ironia.

Estranha solidão

Vivo
Num mar
Sou uma caravela

Sinto o sol
Me aquecendo
No frio

Ando nas nuvens
Olho pro chão
Voando, gavião

Corro pro leste
Corro rápido
Doce hábito

Olho pro teto
Imagino o céu
Azul-escuro

Bebo algo
De um lugar qualquer
Penso em você, mulher

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Sertão

O sertão tem o poder
De parar o tempo
De brincar com o vento

Tem o céu tão estrelado
Que mais parece um filme
Mas nem em filme é tão bonito

A chuva quando bate
Molha suas rachaduras
Enferruja as ferraduras

O sol escaldante
O calor incomparável
E as pessoas em suas cadeiras de balanço

Quando chove o Sabiá canta
Canta bonito
Canta pra sua terra

Sertão de gente que sabe viver
Sertão de mil contos
Mil faces

E no fim da tarde
Senta-se em sua cadeira, de balanço, o sertanejo
E olha a vida passar

Sertão de fé
De gente esperançosa
Sertão da vida

domingo, 16 de janeiro de 2011

Peço pra que você saia sem olhar
Quem faz algo tem que ter consciência do que faz
Não precisa se Justificar
Ninguém vai acreditar
Porque você não acredita
Você só fica se julgando
O tempo passando
E você se julgando
Saia dessa
Todos nós somos iguais
Vamos todos levantar a bandeira
A bandeira branca da paz

Dança de fumaça

O ar é o palco
Dança, dançando fumaça
Dança fazendo graça
Os olhos espectadores
Apreciam feito motores
Esse espetáculo cheio de curvas
Essa dança de ondulações
Variando de posição
Não variando nada
No mesmo sentido
As mesmas curvas
Vão se contornando
Se abraçando
Formando essa dança
Dança de fumaça

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Me beija
Mata minha cede do seu ser
De estar contigo
Tudo é perfeito ao te ver
Mata minha saudade dos teus olhos
Das tuas mãos
E de todos os teus contos sobre os boatos
Sobre o mundão
Botas de agora fazendo referência a garoa
Tão serena quando a broa quentinha
Vem ser minha

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Subi no muro
Dei um pulo
Pulei pra o outro lado da rua
Minha pele já estava nua
Chovia, chovia
Era água em tudo quanto é bueiro
Dei outro pulo
Esse foi meu derradeiro
Pulei pro fundo
Pulei pra nunca mais voltar
E desse pulo
Nunca me curei
Nunca mais voltei
A chuva me levou

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Preciso de paz

Nada mais faz sentido
Nem o próprio sentido
O mundo fica contra mim
Eu fico contra tudo
Começo a esquecer de onde vim
Desço até o lugar mais fundo
Mas não consigo chegar
Fico parado
Espancado pelos meus pensamentos
Sem ir pra frente nem para trás
Por mais que isso passe não vai adiantar
Eu preciso é de paz