quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cidadão de Fundo

Através do vento atravesso o tempo
Canto o encanto do que planto
Não canto, falo
E quanto menos me vejo, me calo, calando minh'alma

Cego, então, me retranco
Vendo, são, volto
Ouvindo mais uma vez
Pelos meus olhos cor-de-freguês

Não faço o que penso em fazer
Mas penso o que faço em pensar
Meu eu pensante
Voa, plana, bate-asas, não pousa

Só não me acuse de não me ser
Eu vivo no meu mundo
Sempre do meu jeito
Cidadão de fundo

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Goles de sonhos

A grande loucura do viver
É a abertura e o fechamento do ciclo
Nasce, cresce, envelhece e morre
Nasce, cresce, envelhece e morre

Engatilhando vai o bebê
Correndo vai a criança
Andando vai o adulto
Entre tropeços vai o velho

Velho?
Velho mesmo é o mundo!
Que já viu tanta coisa
Sangue, guerra, destruição, carnificina

O mundo está doente!
De uma doença ainda na penumbra
Mas, nós, os remédios
Quebramos os nossos próprios frascos

A felicidade há se vir
Pra quem há de merecer
Genocídios não mais, holocausto não mais
Só amor e paz!