sexta-feira, 24 de agosto de 2012

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Eu, por acaso, encontrei a liberdade
Mas ela tava presa, trancada a sete chaves
Encontrei o amor
Mas ele estava morto, esfaqueado, dilacerado

Vi acolá a pureza
Que estava se vendendo por um preço qualquer
Sentada ao meu lado estava a felicidade
Cheia de buracos, fraca, mole e triste

Vi, também, a fidelidade
Traindo tudo o que há de se trair
Princípios, amigos, família
Traindo a si

Vi a saúde
Gripada, calejada, a beira da morte
Eu vi
Andando por aí, tantas coisas

Eu vi
Tudo o que se poderia ver
Ao contrário
Tudo mudado, pelo mundo, que munda
E a correnteza vai seguindo
E quem não se vê
Não segue
Fica em seu leito
Vendo a vida passar

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

(des)destino




Não adianta querer mudar
Correr, fugir
Pois é quando há de se ser
Nem sempre o coração é o que tem a razão
Ou a razão é o que vem de fora do coração
Nesse jogo da vida
De partida ou de vinda
A verdade não é uma só
É fragmentada
Vários canais, várias vias
Que nos levam a outras vertentes
Nesse jogo de chegar num canto acolá
A gente vai jogando sem saber pra onde olhar