quarta-feira, 23 de julho de 2014

Duas ou quatro

A poesia vai longe
Se eleva
Se expande

Nunca acaba
Seus versos se eternizam

O poeta faz da poesia
Uma parte de si
Entalhada na pele crua

Eu sou poeta
Me faço poesia

Sou

Sou um nome
Sou uma poesia
Sou poeta
Sou uma seta

Sou sol
Sou o mar calmo
Como a brisa da manhã
Brilhando no amanhã

Sou o que sou
Sou nós dois
No encarte daquele disco
Na velocidade com que pisco

Sou tudo
Ou só alguma coisa
Que vaga pelo mundo
Que sente um pouco de tudo

Sou um universo
Sou qualquer planeta
Sou um só
Um dia serei apenas pó

Disparo

A mão aperta
o gatilho, disparando
contra alguém

Mais uma vez
um alguém é morto
Vítima

Bom ou ruim(certo ou errado)
perdeu a vida
Vítima

Todos nós somos vítimas
da disparada dos disparos
Vítimas de nossos próprios semelhantes