terça-feira, 17 de abril de 2012

Como uma tarde de domingo

Aquele clarão fora embora
Para voltar outrora
Claro clarão
Soprando o chão
Sujo das pétalas das almas sem amor

Lá onde há
Regas teu palmar e tuas acácias
Gosto de flor
Nos meus olhos
Que assim veem
O verde saindo desse marrom

Se sou não há vestígios
Do que os ventos trouxeram-me
Se a mesma letra me vem as mãos
Escrevo-a então nos pensamentos de ante-ontem
Molhados pelas gotas no orvalho
Caídas em beira o assoalho

Reflito-me
Feito de um reflexo na parede
Das minhas sombras
Iluminadas pelo acaso

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