sexta-feira, 27 de julho de 2012

Eu e o meu sertão na estrada do mundo

No final da tarde
quando o galo já parou de cantar
boto minha cadeira no meu terreiro
e vejo o tempo passar
hoje o céu tá bonito
a lua já saiu acolá
no fogão já tem macaxeira, inhame, batata e galinha
já pro jantar
e a minha velha, me olha lá do céu
e o meu filho, me espera lá pra gente capinar
meus tantos outros filhos de tão pouca vida
também estão a me esperar
sou homem sofrido, homem do sertão
cheio de saudade e lembranças no coração
já morei em muito lugar
mas aqui, onde nasci, é onde eu quero morar
morar até o final dos meus dias
morar até o meu reencontro
aqui a vida não é fácil
mas difícil já foi
só espero o meu tempo do depois
meu dia há de se chegar
e este homem que sou eu
continuará a perambular por aqui
nos meus filhos, meus netos e a minha família
que vou a deixar

Um comentário:

  1. Este poema deu-me uma sensação de nostalgia boa, gostei mesmo das imagens que me fizeste ver.

    Abraço, escreves bem.

    José C.

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